
Uma pesquisa realizada pelo Datafolha em pleno cenário de revolta
popular aponta que os paulistanos apoiam cada vez mais os protestos
contra o reajuste da tarifa de ônibus na cidade. Na quinta passada, 55%
eram a favor das manifestações. Agora, são 77%.
De maneira espontânea, 67% dos paulistanos disseram que o motivo que
levou 65 mil pessoas a protestar anteontem em São Paulo foi o aumento no
preço das passagens do transporte. Para 38%, a razão da marcha foi a
corrupção. E 35% responderam que o protesto teria sido contra os
políticos.
Outros motivos citados pelos paulistanos para os protestos são a
reivindicação de mais qualidade no transporte (27%), mais segurança
(20%), contra a violência ou repressão da polícia (18%). Apenas 5%
acreditam que as passeatas sejam por causa de gastos com Copa das
Confederações ou Copa do Mundo.
O uso da Paulista para protesto tem o apoio dois em cada três habitantes
da cidade (65%). Só 32% não querem a via sendo ocupada por ativistas e
3% não souberam responder.
Além disso, a pesquisa indica a maior falta de prestígio dos Três
Poderes da República em dez anos entre os moradores. Em contrapartida,
as redes sociais na internet e a imprensa aparecem empatadas com mais
prestígio do que todas as outras instituições pesquisadas.
Há dez anos, 51% dos habitantes da capital paulista achavam que o
Executivo (Presidência e ministérios) tinha muito prestígio. Em 2007, o
percentual caiu para 31%. Hoje, são apenas 19%. Essa década analisada
pelo Datafolha coincide com a administração do PT no Planalto --com Luiz
Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (de 2011 até hoje). A
margem de erro da pesquisa é de quatro pontos percentuais, para mais ou
para menos.
No caso do Congresso, a avaliação tem sido ruim: os que achavam que o
Poder Legislativo não tem nenhum prestígio eram 17% em 2003. Agora, a
taxa subiu para 42%.
Para a realização desta pesquisa, o Datafolha ouviu ontem 805 pessoas,
escolhidas por sorteio aleatório, em todas as regiões da cidade. A
margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos, com um nível de
confiança de 95%.
fonte: Brasil 247
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