Em meio às expectativas sobre as
denúncias de envolvimento de políticos na Operação Lava Jato, deputados
instalaram nesta manhã a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Petrobrás na Câmara. Os trabalhos devem ser presididos pelo peemedebista
Hugo Motta (PB) e a relatoria deve ficar com o ex-ministro da Pesca e
das Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ). Em plenário lotado, o
deputado Ivan Valente (PSOL-SP) abriu a sessão questionando a
participação na comissão de parlamentares que receberam financiamento
eleitoral das empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.
Ele pediu a destituição dos
parlamentares que tenham recebido doações de OAS, Camargo Corrêa, Sanko,
Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, UTC e Toyo Setal, sob a
alegação de que a permanência dos indicados levantaria suspeitas sobre a
isenção dos trabalhos. Entre os que receberam recursos das empreiteiras
estão Motta e Luiz Sérgio. Valente aproveitou para registrar a
candidatura à presidência da CPI.
O foco da CPI é investigar as
irregularidades na Petrobrás entre 2005 e 2015, denúncias de
superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no
Brasil, averiguar a constituição de empresas subsidiárias e sociedades
com o objetivo de praticar atos ilícitos na estatal, investigar o
afretamento de navios de transporte, plataformas e sondas e apurar
supostas irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e venda de
ativos da Petrobrás na África. A CPI tem 27 deputados titulares e o
mesmo número de suplentes. Os trabalhos devem ser realizados em 120
dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário