
A
Juíza Eleitoral Janaína Lobo da Silva Maia julgou procedente a ação de
investigação eleitoral, e que pediu a cassação do diploma de candidatura
da prefeita reeleita em Ouro Branco, Maria de Fátima Araújo da Silva, e
o seu vice-prefeito Francisco Lucena de Araújo Filho. Ambos são
acusados de praticarem abuso de poder econômico no pleito eleitoral de
2016 no Município de Ouro Branco. A juíza ainda aplicou a prefeita
Fátima a sanção de inelegibilidade para as eleições pelo prazo de 8
(oito) anos.
Um
fato que chama a atenção da decisão da juíza é quando ela diz que,
tendo em vista o resultado do pleito majoritário, quando os investigados
obtiveram 2.312 votos, logrando êxito com 62,57% dos votos válidos,
pela COLIGAÇÃO COM A FORÇA DO POVO (PT/PSB/PDT/PMDB/PPS/PP/PTN/SD/RP),
fica prejudicada referida eleição, devendo ser realizado novo pleito
municipal em Ouro Branco, para o preenchimento dos cargos de prefeito e
vice-prefeito, nos termos do art. 224 do Código Eleitoral.
Entenda a denúncia
Sustentou
a parte autora (Coligação Filhos da Terra), na inicial, que o pleito
eleitoral de 2016 na cidade de Ouro Branco encontra-se viciado, uma vez
que a investigada Maria de Fátima Araújo da Silva cometeu abuso de poder
político, abuso de poder econômico e abuso de publicidade
institucional, bem como realizou captação ilícita de sufrágio e
contratações indevidas de servidores, além de outras condutas vedadas
pela legislação eleitoral.
Narrou a investigante que a investigada Maria de Fátima Araújo da Silva teria se utilizado indevidamente de propaganda institucional nos veículos e prédios públicos da Prefeitura de Ouro Branco, bem como de publicidade realizada no sítio do Município e em programa transmitido pela Rádio Cabugi do Seridó, para fins de promoção pessoal.
Aduziu,
ainda, a existência de abuso de poder político por parte da
investigada, consistente na distribuição, há vários anos, de peixes à
população de Ouro Branco durante o período da Semana Santa, assim como
no fornecimento de próteses dentárias, sem que tais programas constassem
nos planos plurianuais de 2014 a 2017 ou fossem autorizados por lei.
Ressaltou
que, desde o início de seu mandato eletivo, a investigada Maria de
Fátima Araújo da Silva tem realizado, reiteradamente, contratações
irregulares de servidores, além de ter terceirizado indevidamente
serviços de mão de obra, o que configura abuso de poder político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário