A chegada do mês de dezembro e a expectativa pelas festas de fim de
ano já proporcionam uma boa sensação de prazer nas pessoas. Enfeitar a
casa, escolher presente para o amigo secreto e comprar a roupa certa
para as diversas confraternizações formam o cenário perfeito para o ato
de consumir. Mas é bom ir com calma. A questão é que o consumo pode ser
administrado perfeitamente por quem não tem algum transtorno do impulso,
diferente do impacto em pessoas que já carregam o transtorno.
Profissionais da área de psicologia orientam como identifica-los para
evitar que o descontrole nas compras venha prejudicar o dia-a-dia.
Carla Cristine Cunha, psicóloga do Hapvida, destaca que o descontrole
sobre as finanças tanto reflete quanto piora um problema emocional, mas
é preciso salientar que nem toda pessoa que tem um problema no
orçamento tem um transtorno, de fato. “De um modo geral, poder comprar
representa uma conquista pessoal, que gera prazer para todas as pessoas.
Já os compradores compulsivos têm mesmo um distúrbio, pois eles buscam
uma satisfação que não acaba e isso gera ainda mais frustração”,
explica.
O transtorno do impulso é uma doença psiquiátrica. Mas existem outros
problemas que podem se associar, como a depressão e a ansiedade. O
cérebro tem um mecanismo que se assemelha a uma espécie de freio. É
justamente nesse freio que está o defeito, o déficit, nas pessoas que
têm descontrole para compras segundo a psicóloga do Hapvida Saúde.
O problema pode ser percebido quando o consumidor que age por
impulso, via de regra, tem um problema de duração longa, que é quando a
situação de compra fica o dia todo na cabeça da pessoa, o que leva a
prejuízos no trabalho e no planejamento financeiro. “A sensação é de
culpa ou remorso. Essa preocupação, em excesso, somada à perda do
controle, às mentiras contadas à família e ao consumo como forma de
superar uma dor, ou uma angústia, também são sinais importantes”,
detalha Carla Cristine Cunha.
As consequências do comportamento compulsivo por compras vão desde
prejuízos social, familiar e até profissional. Esse transtorno já é
considerado um problema de saúde pública. O transtorno psiquiátrico e o
endividamento impactam de forma agressiva na vida dos pacientes. “Alguns
relatam que têm pensamentos suicidas porque não conseguem controlar os
impulsos. O abalo emocional é muito grande, especialmente, por causa do
envolvimento familiar. Muitos casamentos, por exemplo, são prejudicados
por esse comportamento”, esclarece a psicóloga.
Sobre tratamentos para este transtorno Carla explica que existem
tratamentos terapêuticos, acompanhados e guiados por profissionais da
psicologia.
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