O
Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma denúncia e uma ação
civil pública por improbidade administrativa contra a gestora afastada
do programa Bolsa Família por suspeitas de fraudes no município de
Frutuoso Gomes, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Além dela, mais
cinco pessoas foram denunciadas e poderão responder por estelionato. O
MPF também pede a condenação da ex-gestora por prevaricação e inserção
de dados falsos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Denúncias feitas ao MPF, em junho de
2013, apontavam que diversas irregularidades estavam sendo cometidas na
gestão do Bolsa Família em Frutuoso Gomes. De acordo com o MPF, o
programa estaria sendo gerido de forma parcial, com o objetivo de
prejudicar pessoas com as quais a gestora afastada não simpatizava, além
de haver indícios de inclusão de dados falsos em diversos cadastros.
Junto às denúncias, foi entregue um abaixo-assinado subscrito por 57
moradores da cidade.
Ouvidos pelo MPF, alguns desses
moradores acusaram a gestora afastada de preencher os dados de cadastro
de algumas famílias, mas não efetuar o lançamento no sistema. Isso
impedia a renovação, resultando no bloqueio dos benefícios. De acordo
com as declarações, a ex-gestora afirmava que “o sistema estava fora do
ar”. Em um dos casos, a bolsa só voltou a ser recebida após a cidadã
enviar a documentação diretamente ao Ministério do Desenvolvimento
Social, em Brasília.
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