Desembargador considerou que tem havido excessos em manifestações |
O desembargador Roberto Barros recebeu em seu gabinete na manhã desta
terça-feira (2) veículos de imprensa para uma entrevista coletiva.
“Gostaria de agradecer a todos vocês pela presença e a razão por que
foram convidados a estar aqui é para podermos prestar esclarecimentos
acerca do processo envolvendo a empresa Ympactus (Telexfree), já que têm
havido muitas distorções e inverdades a respeito”, explicou o
presidente do Tribunal de Justiça do Acre.
23 profissionais estiveram na sede da instituição para ouvir a seguinte
declaração de seu representante maior: “O processo tem transcorrido
regularmente, dentro da Lei, e os magistrados irão decidir com total
independência”. Roberto Barros também esclareceu que, diferentemente do
que tem sido divulgado, “não haverá recesso forense no mês de julho”, de
modo que todos os trabalhos no âmbito do Judiciário Acreano seguirão
normalmente. Segundo ele, a previsão é de que o processo envolvendo a
Telexfree seja julgado na próxima segunda-feira, em sessão da 2ª Câmara
Cível.
Manifestações
O desembargador considerou que têm havido excessos por parte daqueles
que têm encampado manifestações contrárias à decisão da Justiça de
suspender as atividades da empresa, haja vista o Ministério Público
Estadual (MPE) ter verificado indícios de irregularidades em sua
atuação.
“As pessoas precisam entender que essas manifestações, parte delas
irregular, não irão interferir nem influenciar as decisões judiciais.
Não se pode tolerar o fechamento de pontes e avenidas, que prejudiquem a
liberdade de ir e vir das pessoas e, mais do que isso, até coloquem em
risco a vida dos cidadãos”, disse o presidente. Ele citou como exemplos o
deslocamento de ambulâncias, dos que vão ao trabalho ou à escola –
prejudicados com os protestos.
Roberto Barros ressaltou, mais de uma vez, que o caminho que deve ser
utilizado para questionar uma decisão judicial é a via legal, ou seja,
por meio dos recursos, como fazem os advogados.
Ameaças
O desembargador-presidente também comentou a respeito das ameaças
sofridas pela juíza Thaís Khalil, em virtude de ela ter acatado o pedido
do MPE para suspender as atividades da empresa. “Primeiro que as
ameaças não ajudam em nada na resolução do caso. Depois é bom salientar
que estamos dando total apoio à magistrada, inclusive em termos de
segurança, com o apoio de outras instituições, como o Conselho Nacional
de Justiça (CNJ)”, afirmou.
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