Cezinha, Alcimar Monteiro, Waldonys e Israel Filho, Cristina Amaral, Joquinha Gonzaga, Muniz do Arrastapé. Ao lado do corpo de Dominguinhos, que está sendo velado desde o início da manhã desta quinta na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no Recife, os sanfoneiros e músicos, seus admiradores e seguidores, se revezam tocando sanfona e cantando em uma última homenagem ao mestre, que morreu na terça-feira, 23, em São Paulo, depois de uma luta de seis anos contra um câncer de pulmão. Os filhos, Mauro José Silva Moraes e Liv Moraes, e a ex-mulher Guadalupe, se mantêm ao seu lado.
Desde as 4h40 os fãs começaram a chegar à Assembleia e esperaram até as 8 horas, quando o local foi aberto à visitação. "Quem não é admirador de Dominguinhos? Há quem não seja?", indagou o agricultor José Silva, 56 anos, que, às 8h30, aguardava sua vez na fila para ver o ídolo. "Estou muito sentido, a música de hoje é tão pobre, tão sem valores". Ele acredita que a herança musical de Luiz Gonzaga, continuada e urbanizada por Dominguinhos, será mantida. "Tem que ser."
Joquinha Gonzaga, 61 anos, sobrinho de Luiz Gonzaga, conviveu e aprendeu com o tio e o amigo desde criança. Depois passou a acompanhá-los em shows e viagens. "Bebi na fonte". Com 14 discos gravados, ele acredita que ninguém vai substituir Gonzaga e Dominguinhos. "Ficar repetindo, fazendo igual também não tem valor", observou. "Do jeito que Dominguinhos evoluiu, urbanizou o forró, seus seguidores deverão deixar marcas da sua própria história, mantendo a força do forró, do xote, do baião", ponderou. "Eu mesmo espero deixar o meu quinhão."
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