Durante a
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que terminou ontem (28), foram
injetados recursos na ordem de R$ 1,2 bilhão na economia cidade. A
informação foi divulgada ontem (29) pelo prefeito Eduardo Paes. Segundo
ele, o balanço geral do evento ainda não foi fechado.
Os principais
eventos que contaram com a presença do papa Francisco foram acompanhados
por mais de 10 milhões de pessoas. A missa de despedida no domingo (28)
em Copacabana foi o evento que reuniu o maior número de fiéis, 3,2
milhões. Durante os seis dias de evento, a cidade recebeu 335 mil
peregrinos inscritos na JMJ, provenientes de 175 países, incluindo 220
mil brasileiros, segundo a organização do evento.
Mais de 6 mil
ônibus fretados trouxeram 290 mil peregrinos. Na Rodoviária Novo Rio,
circularam 500 mil fiéis. E nos aeroportos Santos Dumont e do Galeão, 14
mil peregrinos foram atendidos nafun zone,área montada para a jornada.
Segundo o
prefeito, não foi registrado tumulto. Porém, os peregrinos enfrentaram
dificuldades com transporte. Os sistemas de trem e de ônibus registraram
grande número de passageiros. A Central do Brasil registrou no sábado
(27), dia da peregrinação que partiu da estação, o recorde histórico de
passageiros de trem, com 155.777. Em todo o período da jornada, o
sistema de trens urbanos transportou 3 milhões de pessoas. No metrô,
também foram 3 milhões de passageiros. Os dois sistemas funcionaram de
forma ininterrupta durante o fim de semana. O sistema de ônibus operou
com a frota máxima, com 8.800 veículos e 3,5 milhões de passageiros.
Durante a JMJ,
foram recolhidas 390 toneladas de lixo, sendo 45 toneladas de materiais
recicláveis. De acordo com Eduardo Paes, apenas noréveillonde
Copacabana são recolhidos normalmente 320 toneladas. “A operação da
Comlurb [Companhia Municipal de Limpeza Urbana] acabou hoje às 2h da
manhã, em Copacabana. O trabalho foi muito facilitado pelos peregrinos,
visitantes e cariocas, que ajudaram recolhendo o material. Isso faz a
gente pensar se não pode ser assim sempre. E foi a primeira vez que a
Comlurb tratou a possibilidade da reciclagem em grandes eventos”.
Na área de
saúde, foram feitos 4.780 atendimentos, nos 11 postos montados, sendo
que 84 pacientes foram transferidos para a rede municipal. Os principais
problemas foram mal-estar, crise de asma, hipertensão em idosos,
vômito, diarreia, dor lombar e cansaço.
Quanto aos
banheiros químicos, alvos de várias reclamações por parte dos
peregrinos, Paes argumentou que não foi possível transferir toda a
estrutura montada em Guaratiba para Copacabana. “Tivemos a transferência
de uma logística montada em Guaratiba para Copacabana, não deu para
trazer todos os banheiros e nem dispor da mesma forma. Enfim, a gente
teve em alguns momentos a superlotação, mas a população foi solidária,
acolhendo os peregrinos. Quem conhece a jornada sabe que a experiência
das pessoas aqui foi muito positiva. Ainda não tem os números de visitas
ao Cristo e ao Pão de Açúcar, mas a semana é toda de recordes. Não
tenho dúvidas de afirmar que, apesar dos problemas que enfrentamos, a
cidade se comportou muito bem recebendo a JMJ”.
O prefeito
ressaltou que, dos cinco grandes eventos programados para a cidade de
2012 a 2016 (Rio+20, Copa das Confederações, JMJ, Copa do Mundo e
Olimpíadas), o mais difícil é a jornada. “Dos grandes eventos, a cidade
já pegou todos, já passamos por três e ainda faltam dois. O mais difícil
de todos e a JMJ e o que nós nos preparamos melhor será as Olimpíadas”.
Ele agradeceu
aos peregrinos, ao papa Francisco e, principalmente aos moradores da
cidade, pelo sucesso da jornada. “Não tenho dúvida que a cidade recebeu a
maior, mais longa e mais bonita festa da história. Foi a visita mais
ilustre e mais agradável que a cidade já recebeu. Agradeço ao papa
Francisco, aos visitantes e em especial aos moradores da cidade. O Rio
demonstrou enorme capacidade de receber visitantes, os cariocas estão
muito felizes de receber esse eventos”.
Fonte: Nominuto
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