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quarta-feira, 25 de março de 2015

Depois da gasolina e energia, o preço do pão também vai subir no RN

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O ano de 2015 começou com aumento no preço de vários itens importantes para o consumo – e para o bolso – do brasileiro. Depois do reajuste da conta de luz, da água mineral e do aumento combustíveis, entre outros, a inflação chega agora à mesa do café da manhã. O pão francês, que já sofreu aumento em várias regiões do país, também vai ficar mais caro para os potiguares.

Por enquanto as padarias na capital do RN ainda trabalham com o preço antigo, que chega a ser encontrado por quase R$ 10 o kg de pão. Se seguir a tendência do que vem sendo mostrado nos outros Estados, o reajuste deve ficar entre 8% e 10% e a confirmação do aumento deve ser dada ainda nesta semana. Na próxima quarta-feira (25), o Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria (Sindipan) deverá se reunir para discutir o reajuste.

A reportagem d’O JORNAL DE HOJE tentou entrar em contato com o presidente do Sindipan-RN, Tennyson Brito, para comentar sobre o assunto, mas ele não retornou às ligações. De acordo com panificadores ouvidos pela reportagem, o reajuste tem a ver não só com o aumento na tarifa de energia, mas também com a alta do dólar.

O Brasil produz apenas metade do trigo usado para produzir pães, massas e biscoitos consumidos pelos brasileiros. O restante da quantidade necessária é importada e, portanto, diretamente afetada pela valorização do dólar em relação à moeda brasileira.

Se o preço do pão francês vai aumentar, o preço do pão doce, pão de leite, de forma, biscoitos, bolos, massas e tudo o mais que leva farinha de trigo na receita também irá subir. Sebastião Fernandes, dono de padaria em Natal, disse que a mudança dos preços “é só questão de tempo”.

“Não posso dizer ainda de quanto será esse aumento, tendo em vista que ainda não há nada concreto. Mas na reunião do Sindicato desta semana deveremos confirmar tudo. O aumento vai acontecer, sim. É só questão de tempo. As pessoas falam mais no pão francês porque ele sempre foi o mais ‘queridinho’ no café da manhã. Mas tudo o que leva trigo irá aumentar também”, destacou.

Na padaria de Sebastião Fernandes os produtos não sofrerão aumento de imediato. “Manteremos os preços antigos enquanto durarem os estoques da farinha que foi comprada antes da disparada dólar. Mas isso é aqui no meu estabelecimento e deve durar, no máximo, 15 dias. Não sei como está a situação dos outros”, disse. “Não tem como a gente fugir disso. Nós estamos pagando a matéria-prima bem mais cara. Não tem jeito. Infelizmente o consumidor tem que arcar com essa despesa”, afirmou.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Massas Alimentícias e Pães (Abimapi), que está negociando com o varejo de todo o país as novas tabelas, o reajuste deve chegar às padarias e supermercados até o começo do mês de abril.

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