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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Disputa pela presidência marcou a última sessão da Câmara Municipal de Vereadores

 
A última Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores de Jardim do Seridó, antes de ser iniciado o período de recesso parlamentar foi marcada pela disputa da presidência da Casa para o biênio 2013-2014. Se não vejamos. Além da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2013 e de algumas alterações no enquadramento de valores do Plano Plurianual (PPA), ambos os projetos aprovados à unanimidade, outros três projetos foram ao plenário para suas aprovações.
O primeiro Projeto de Lei de autoria do vereador e líder da oposição, Iron Júnior tinha como objetivo alterar o Regimento Interno da Casa, no qual permitiria que na primeira sessão do ano (1º de janeiro de 2013) pudesse acontecer duas eleições para a Mesa Diretora, uma para o biênio 2013-2014 e a outra para o biênio 2015-2016. Devido ter sido apresentado de última hora, o mesmo não passou pelas comissões e foi direto para votação no plenário. Obteve quatro votos favoráveis e três contra, mas como precisava de 2/3, ou seja, seis votos favoráveis, não foi aprovado e começaram as retaliações.
Em seguida, vieram os outros dois importantes projetos. O Projeto de Resolução da Mesa Diretora da Câmara que reescalonava despesas do exercício financeiro de 2012, assinado por seus integrantes: Anchieta Júnior (Presidente), Geralda Medeiros (Vice-presidente), José Justino (1º Secretário) e José Aparecido (2º Secretário), quando foi levado ao plenário sofreu uma forte influência do líder da oposição pela sua não aprovação e a vereadora Geralda Medeiros que antes tinha assinado a favor, depois de ouvir Iron Júnior e ainda pedir suspenção de 5 minutos da sessão para escutar a contadora do Poder Legislativo, mesmo assim, voltou atrás e votou contra o projeto.
“A Mesa Diretora não estava pedindo autorização para “gastar” o dinheiro, ela estava solicitando que o Plenário aprovasse o reescalonamento (remanejamento) de despesas no valor de 28 mil reais, porque se tratava de uma questão de execução orçamentária e não de gasto. Um recurso contábil permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e pela Constituição Federal”, desabafou o atual presidente, Anchieta Júnior em contato com o Blog A Fonte.
O Projeto do Poder Executivo fixava nova data para a entrada em vigor dos subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais, bem como do vencimento básico do cargo de Procurador Jurídico Administrativo, todos reajustados pela Lei Ordinária Municipal n.º 919, de 25 de setembro de 2012. Pelo Projeto de Lei Ordinária, os novos valores dos subsídios somente passariam a vigorar a partir de 1º de abril de 2013 e ainda se mantendo o Poder Executivo acima do limite prudencial com seu gasto de pessoal, poderia o Chefe do Poder Executivo Municipal prorrogar, por meio de Decreto, para a data de 1º de julho de 2013.
Na Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final que tem Iron Júnior como relator o projeto passou sem nenhuma alteração, só que quando chegou para votação no plenário, o edil mudou de opinião e disse que votava contrário. No entanto, mais uma vez voltou atrás e fez uma emenda para que o prazo se estendesse até o dia 31 de dezembro de 2013. Com a proposta de emenda aceita, o projeto foi levado à votação, aprovado e agora segue para ser sancionado ou não pelo Executivo.
Para o presidente Anchieta Júnior ficou evidenciado pelos debates e as votações acontecidas no Plenário que o foco da sessão estava voltado exclusivamente, para alguns, na escolha do novo presidente da Câmara. “O que se percebe claramente é que se o primeiro projeto de interesse em escolher os novos presidentes (para os próximos dois biênios) tivesse sido aprovado, os demais não teriam tido nenhum problema para serem aprovados na sua integralidade”, observou Anchieta.
Em tempo: O vereador Gilberto Valdeger não participou da sessão da última quarta-feira, dia 19 de dezembro.

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