Da Tribuna do Norte – O aumento
do número de casos de dengue e o surto de microcefalia relacionada ao
zika vírus tem motivado ações efetivas de combate ao mosquito Aedes
aegypti em todo país. No campo da pesquisa, o papel da Universidade
Federal do Rio Grande Norte, que já se destaca por desenvolver o método
ovitrampa – uma espécie de armadilha que ajuda a entender onde há maior
incidência do mosquito, a monitorar os focos e estabelecer estratégias
de combate.
“Estamos começando as pesquisas, que até
então não existiam. O foco é dar o suporte necessário aos pacientes
diagnosticados com microcefalia”, afirmou o diretor do Instituto do
Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o
neurocientista Sidarta Ribeiro. Sem adiantar as linhas da pesquisa,
Sidarta contou que o convite do Ministério da Saúde foi feito em uma
reunião, na última terça-feira (15), em Brasília com representantes dos
Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde, e
representantes do Ice e de outros institutos de pesquisa, de agências de
financiamento e especialistas de diversas regiões do Brasil.
De acordo com Sidarta Ribeiro, são
poucas as pesquisas que tratam sobre a o zika vírus ou sua relação com
os casos de microcefalia. Uma busca no PubMed – serviço banco de dados
online da Biblioteca Nacional de Medicina do Estados Unidos e que
atualmente conta com mais de 25 milhões de publicações científicas –
encontrou apenas 213 resultados sobre o zika. Para efeito de comparação,
o site mostra 14695 resultados para dengue e 2.570 para a febre
chikungunya. O zika vírus também pode ser responsável pela síndrome de
Guillain-Barré, uma doença autoimune que atinge o sistema imunológico e
parte do sistema nervoso central.
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