O ministro da Justiça da Itália, Andrea
Orlando, deu parecer favorável na manhã desta sexta-feira ao pedido de
extradição do governo brasileiro do ex-diretor do Banco do Brasil
Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão. A partir de hoje,
a Justiça do Brasil tem 15 dias para ir buscar Pizzolato e levá-lo à
Penitenciária de Papuda, em Brasília.
No último dia 11, o Ministério da
Justiça do Brasil informou que, em reunião, foi finalizado o texto da
correspondência que seria encaminhado ao governo da Itália, contendo os
compromissos do Estado brasileiro em relação à extradição de Henrique
Pizzolato.
No entanto, não foram divulgados
detalhes sobre o texto que foi fechado. A reunião ocorreu na sede do
Ministério, em Brasília. Segundo o órgão, participaram do encontro o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o procurador-Geral da
República, Rodrigo Janot; e o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães,
sub-secretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.
Em fevereiro deste ano, o governo
brasileiro havia informado que a expectativa era que a extradição do
ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil ocorresse até abril. Ele foi
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão a
12 anos e 7 meses de prisão. Ele cometeu os crimes de corrupção
passiva, peculato e lavagem de dinheiro, segundo o STF.
Pizzolato fugiu em 2013 do Brasil com um
passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. A
defesa de Pizzolato usou como argumento o caso do ativista italiano
Cesare Battisti, que teve o pedido de extradição para a Itália negado
pelo Brasil. A defesa do ex-diretor do BB apelou para o princípio
da
reciprocidade, em que a Itália deveria tomar a mesma decisão tomada pelo
Brasil. Mas o pedido foi negado.
O ex-diretor do BB foi preso em
Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro do ano passado. Cidadão
italiano, ele ficou preso durante todo o processo no presídio Sant’Anna
di Modena, na cidade italiana de Modena, conhecida na Itália como
“prisão de ouro”, por conta dos altos custos envolvidos em sua
construção, na década de 1980. Pizzolato foi solto no fim de outubro
passado, após a decisão da Corte de Apelação de Bolonha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário